Autores:

Rita Susana Soares Capela; João Luís Alves Apóstolo      ON 2017, 21 ; novembro 2012; On-line publication: novembro 2012

Contextualização: os cuidados paliativos visam a prevenção e alívio do sofrimento. Caracterizar o sofrimento que sustente intervenções para o seu alívio constitui uma das metas em cuidados paliativos.

Objetivos: caracterizar o sofrimento de doentes oncológicos em cuidados paliativos; avaliar se a dor apresenta menor intensidade relativamente às outras temáticas do sofrimento nestes doentes.
Metodologia: Investigação quantitativa de tipo descritivo, utilizando-se o inventário de experiências subjetivas de sofrimento na doença (IessD) de McIntyre e Gameiro (1997), numa amostra de 50 doentes oncológicos, num serviço de cuidados paliativos.

Resultados: estes doentes experienciam maior grau de sofrimento sócio-relacional e psicológico, (médias = 3,67; 3,49), nomeadamente nos aspetos afetivo-relacionais. Apresentam média mais elevada ao nível da perda de vigor físico (4,31). A dor, apresenta média mais baixa (2,32), com exceção das alterações sócio-laborais. A dimensão sofrimento existencial apresenta menor média (3,28), embora as limitações existenciais tenham média de 3,96. Revelam ainda níveis medianos de experiências positivas de sofrimento (3,00).

Conclusão: os doentes em cuidados paliativos apresentam graus elevados de sofrimento sócio-relacional, sobretudo relacionado com preocupações afetivo-relacionais. A perda de vigor físico é fonte de elevado sofrimento. As questões psicológicas e as limitações existenciais contribuem para o sofrimento. A dor parece ser o sintoma que menos colabora. Os níveis médios de experiências positivas de sofrimento, revelam esperança no futuro.

Palavras-chave: sofrimento; cuidados paliativos; oncologia

 

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