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Apesar dos avanços nas ciências médicas nas últimas décadas do século XX terem permitido um maior sucesso no tratamento de doenças oncológicas, o cancro continua no século XXI a ser um dos maiores medos da humanidade. Persistem mitos e preconceitos em relação ao cancro, que se revertem em atitudes negativas, que, por sua vez, no caso dos profissionais de saúde, podem condicionar a qualidade de cuidados. Os processos formativos e as estratégias pedagógicas utilizadas podem ser uma forma efetiva de alterar preconceitos e assegurar que as atitudes negativas não comprometem a natureza e a qualidade de cuidados.
O objetivo deste trabalho foi estudar as representações sociais sobre o cancro em estudantes de enfermagem. A sua análise permite-nos inferir que maioritariamente os estudantes não expressam uma perspetiva fatalista/pessimista do cancro, e ainda expressam a opinião de que a doença oncológica não se confina à biologia do corpo, pelo que os cuidados devem sustentar-se numa base relacional, apresentando níveis de concordância elevados com a relevância do suporte social.
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