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RESUMO:
Objetivo: Descrever a evolução da perceção de Autoeficácia do membro da família prestador de cuidados (MFPC) face ao processo de tomar conta de um doente com cancro coloretal.
Métodos: Estudo prospetivo longitudinal, onde foram avaliados MFPC de doentes com cancro colo-retal em tratamento curativo ou paliativo. Os participantes foram avaliados em três momentos distintos; no início do percurso terapêutico (m1); três meses após (m2) e seis meses após (m3). Em m1 foram avaliados 41 cuidadores, em m2 88 cuidadores e em m3 98 cuidadores.
Resultados: Os MFPC dos doentes com cancro colo-retal da amostra foram na sua maioria mulheres, casadas e reformadas, com um nível de escolaridade baixo. Ao longo do tempo estes MFPC apresentaram um nível de autoeficácia de “medianamente competentes” para a realização das atividades inerentes ao processo de tomar conta. Contudo na avaliação da perceção de autoeficácia face à dependência para tomar a medicação e cuidar da colostomia foram os domínios onde os cuidadores apresentam níveis mais baixos de perceção de autoeficácia.
Ao avaliarmos a perceção de autoeficácia em função dos processos de cuidar, os cuidadores percecionam menos competência para “trabalhar com a pessoa dependente” e “negociar com os serviços de saúde”. Os MFPC que percecionam maior autoeficácia ao longo do tempo e face ao processo de tomar conta do doente dependente com cancro colo-retal tendem a ser os que cuidam de doentes menos dependentes, que utilizam mais recursos, os que cuidam há mais tempo, os mais novos e com mais escolaridade.
Conclusões: A avaliação da perceção de autoeficácia constitui um indicador importante para os enfermeiros na monitorização da transição para o exercício do papel de membro da família prestador de cuidados de um doente com cancro colo-retal
Palavras-chave: familiar cuidador; perceção de autoeficácia; cancro coloretal.
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