Autores:
Nuno Filipe de Oliveira Gil Salgado ON 2017, 18 ; novembro 2011; On-line publication: novembro 2011
A experiência do cancro é particularmente marcada por um itinerário terapêutico denso, programado, de fases do tratamento, atravessando uma diversidade de espaços clínicos e com uma natureza diacrónica. As atuais conceções de humanização em contexto hospitalar enfatizam o significado produtivo dos laços familiares no tratamento e na própria reconcetualização do meio hospitalar. Os próprios laços entre as pessoas e as relações de afeto são, na verdade, transformados ao longo da história oncológica.
O principal objetivo deste estudo é a compreensão de como a humanização é constituída através dos laços entre pessoas (sem os quais o caráter humano da humanização não existe) e como estes laços potencializam a eficácia terapêutica, incluindo o modo como a relação com o hospital pode qualificar os próprios laços familiares, numa história oncológica partilhada em que todos os membros da família têm um papel. Para isso, observou-se a dinâmica das relações de uma família como estudo de caso e concluiu-se que a forma como estes laços são qualificados é que dá sentido à história oncológica e que os laços são a estratégia integrativa mais consistente do doente e da própria família na sua própria história oncológica.
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