Autores:
Com o aumento das opções de diagnóstico e tratamento do cancro, os problemas decorrentes da sobrevida tem aumentado.
São identificadas necessidades físicas e psicossociais específicas nas pessoas sobreviventes de cancro. as mulheres, dentro da população adulta sobreviventes de cancro, são o maior grupo. Isto, porque o cancro da mama é o cancro mais frequente no sexo feminino, e o diagnóstico precoce e o desenvolvimento das intervenções terapêuticas tem levado a um grande sucesso, e consequentemente a períodos cada vez mais longos de sobrevida.
A perceção da magnitude deste problema levou-nos a desenvolver esta investigação, com o objetivo de compreender as implicações do cancro na vida das mulheres. Esta investigação decorre de uma outra investigação realizada sobre a avaliação da qualidade de vida junto de 426 sujeitos, sobreviventes de cancro. Dentro destes, 68,1% eram mulheres sobreviventes de cancro.
Durante as entrevistas as mulheres expressavam sentimentos, experiências e falavam das múltiplas implicações do cancro nas suas vidas. Foram efetuadas notas de campo, que posteriormente foram analisadas e codificadas em categorias. este trabalho permitiu identificar as seguintes unidades de análise: incerteza/síndrome de Damocles; aspetos positivos; sentido de controlo; o preço da cura; implicações familiares; revolta; auto-imagem; necessidades de escuta; espiritualidade/religiosidade.
Conclusões: a análise de dados permitiu-nos concluir que o cancro, mesmo após o seu controlo, tem múltiplas implicações na vida das mulheres. os profissionais de saúde em geral, e os profissionais de enfermagem em particular, devem ser capazes de compreender e ajudar estas mulheres a gerir o impacto do cancro nas suas vidas, promovendo uma abordagem holística dos cuidados, de forma a dar respostas às necessidades e às transições de vida que decorrem do confronto com este problema.
Verifique o abstract completo aqui.
Obtenha este artigo
Pode obter este artigo gratuitamente clicando aqui.